segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Devir no Teatro Rival


Eu sou aficcionada por realities de música e culinária.

Conheci a banda Devir assistindo eles no Supestar e invejando uma colega de trabalho, que me contava, num misto de surpresa e embevecimento, que já tinha assistido eles muitas vezes, cantando no condomínio dela em Niterói.

Eis que apareceu um show deles no Teatro Rival na semana passada e com ele a oportunidade de saber se o que eu vi até então era música boa ou mágica da televisão.


Acabou que não me decepcionei. A banda é ainda melhor ao vivo e a vocalista, Amanda Chaves, realmente estourou o teto do pequeno Rival.

O repertório é cheio dos mash-ups apresentados no programa, revirados em músicas internacionais com clássicos da MPB, muito reggae, rap, jazz, soul, pop e rock.

As letras em inglês precisam de mais trabalho. Apresentar uma música sem saber a letra não é digno de uma banda que está querendo se estabelecer. Se tivessem mais músicas de autoria do grupo mesmo eu não reclamaria, afinal, depois do programa, o que a gente quer é ver tudo o que eles podem fazer e criar.

As músicas autorais do grupo mostram o potencial da banda e um lado mais suave da vocalista, mas não tem tanta inovação quanto as novidades apresentadas nas misturinhas.

A banda ainda apresentou participações especiais de Dudu Azevedo na bateria, que mandou muito bem, do instrumentista Guilherme Schwab, do Suricato, que impressionou tocando um instrumento de sopro aborígene e também na guitarra, e a cantora Lorena Simpson, que apresentou uma música tão entendiante quanto sua voz. Ficou parecendo muito que sua apresentação, sem muita presença de palco, não passava de uma inserção da Som Livre no show.

Ainda assim, o potencial da banda é imenso e saí do show com gostinho de quero mais.

Agora é acompanhar e ver o que mais essa galera de Niterói tem pra mostrar. Espero fortemente que a época de tocar no condomínio da Carlinha fique pra trás!


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