sábado, 30 de abril de 2011

Folga

E hoje não tem dica, não tem ficavaiter...nada.
Hoje tem cheirinho de mãe, abraço de pai, risada com irmão, mordidas de cão e ronronar de gato. Tem afago de namorado, tem confidências amigas, fofocas trocadas e piada interna.
E embora seja tão divertido, sempre, estar aqui com vocês, brincar com vocês, tem dias, tem fim de semana, que tudo o que a gente quer é se jogar naquele sofá conhecido e ouvir aquela voz tão real e comum, que te diz que vai ficar tudo bem, mesmo que o mundo seja um redemoinho que nos engole dia a dia.
Tem dia que a gente não quer ir a rua, conhecer gente nova, ativar lado direito do cérebro.
Tem dia que a gente só quer fazer aquelas coisas automáticas que nos fazem bem, tipo sorrir o mesmo sorriso de um predecessor genético.
Tem dias que a gente precisa de uma folga do mundo virtual e dar as mãos com o mundo real e curtir aquelas pessoas que a gente simplismente ama de paixão!
E hoje a Xuxu e o Xuxudrops' estão de folga.
E o que eu sugiro e recomendo é que você tire um dia pra viver você mesmo e/ou curtir pessoas que signifiquem o mundo pra você!

Fica a dica, Xuxus!

Bom domingo!

=***

sábado, 16 de abril de 2011

Protetora wannabe? Eu!

Oi, Xuxus!

Tô no ritmo de uma daquelas noites de insônia até agora, movida a várias xícaras enormes de café.

Pra desgastar a mente, resolvi postar mais um daqueles textos estilo journal que sempre acabam chamando mais atenção que as dicas culturais. =P

As pessoas curtem intimismo.

Então, nessa vibe, eu vou confessar uma coisinha: eu sou muito protetora de animais wannabe. Quem me conhece sabe que eu sou uma médica veterinária frustrada, apesar do diploma de Direito. Podia até fazer outra faculdade, mas agora acho que me atraio mais pela possibilidade de efetivamente ajudar a resgatar animais.

Se a XuxuLand não fosse tão pequena, já estaria cheia de bichinhos! E a minha vida ainda mais cheia de histórias de resgates...Só de pensar que já quase levei um frango pra casa!

A história que eu mais gosto é a do Nenezinho.

Estávamos meu namorado, uma amiga e eu voltando de um bar, bêbados, conversando e rindo alto pela rua. De repente, comecei a ouvir um miado distante, desesperado (quem sabe, sabe) e característico de gatinho novo.

- Gente, cês tão ouvindo isso? Esse gato? - perguntei.

Eles disseram que eu tava doida, ouvindo coisa. Segui meu instinto, atravessei a rua e fiquei ouvindo. Olhei embaixo de um carro, não vi nada, mas continuava ouvindo o miado. Parecia cansado, com fome e com medo o dono daquele miado.

Mesmo sem ver nada, enfiei a mão embaixo do carro e seja o que Deus quiser. Puxei um gatinho de uns três meses, vaquinha, olhos amarelos, magrinho e super piolhento! Trouxe ele pra casa, miando e andando pelos meus ombros, feito um papagaio de pirata.

Chegando em casa, meu gato achou que fosse uma fêmea e tentou sodomizá-lo! Hahaha!

Com o tempo, os gatos se habituaram a dividir território, e o meu gato mais velho virou o paizão do Nenezinho, que só se chamou assim porque o outro chama Nenê.

Pena que eu não tenho fotos dele aqui pra mostrar a vocês! Juro que procurei. Até eu lamento, porque ele virou um gatão lindo!

Não só por ele ser tão carinhoso, mas por causa de sua história é que eu amo esse gato, que nos deixou em circunstâncias muito estranhas que não cabem aqui dizer.

Mas essas histórias eram do tempo em que eu morava na casa da minha mãe, com um quintal bem grande pra abrigar todos os meus bichinhos! Agora eu moro num apê muito pequerrucho pra abrigá-los.

Mesmo assim, os latidos e miados da madrugada me deixam preocupada, procurando Nenezinhos por toda parte...

P.S.: Xuxus em busca do destino cultural de hoje, cliquem na bonequinha do gengibre no lado direito da tela e divirtam-se! A dica de hoje é no Centro Cultural da Justiça Federal.

[+] info: Centro Cultural da Justiça Federal - Programação

=*

sexta-feira, 8 de abril de 2011

formspring.me

Curiosidade tem limites? http://formspring.me/xuxudrops

Wellington, o novo Macunaíma

Este é um momento de dor para todos nós brasileiros, pois todos nós ou temos filhos ou irmãos, sobrinhos e primos que estudam e estão sob proteção do Estado quando frequentam suas escolas (públicas). Nunca desconfiamos que neste ambiente nossas crianças poderão estar em perigo. Porém, não contamos também que um colega de classe tímido, introvertido e vítima de brincadeirinhas ocasionais dos outros alunos seja alguém que precisa de atenção, carinho e um ombro amigo. Não imaginamos que essa pessoa, por falta de carinho e atenção, um dia alcance um nível de stress psicológico tão grande que deixa de ser um ser humano capaz de empatia com o sofrimento de outras pessoas.
Quando uma pessoa com este perfil comete uma loucura como essa, não devemos alimentar sentimentos de ódio e vingança, apenas de piedade por este espírito perturbado, a quem provavelmente faltou a compreensão do amor e do carinho que sua família lhe deu durante sua formação.
É lamentável quando uma pessoa sem amor distribui a desgraça dentre pessoas que se amavam, como é Wellington fez com essas crianças e seus pais, vizinhos, amigos e parentes. Pior ainda e incompreensível quando é uma pessoa que teve o amor de seus familiares.
Às famílias vítimas dos ideais errôneos desse menino - menino porque quantos de nós temos filhos de 20 e poucos anos e ainda os consideramos meninos - merecem todo tipo de oração, solidadariedade, apoio e vibrações positivas pra que possam seguir suas vidas APESAR da tragédia.
Embora à custa de vidas inocentes, vejo que Wellington agora é uma espécie de anti-herói. Não por que ele é o vilão, mas porque ele é o herói ao avesso. Há quanto tempo nossas autoridades e até mesmo nós, a sociedade, não nos insurgíamos quanto à falta de segurança nas nossas escolas, contra a qualidade de ensino precário, quanto às condições terríveis de trabalho de nossos professores, quanto a atenção dada ao futuro de nosso país, as crianças?
Desde quando a sociedade discute o problema do bullying seriamente?
Esta loucura que Wellington Pereira de Menezes cometeu pode ter sido o gatilho para que venhamos a levar a questão da educação e do tratamento oferecido por nós, sociedade e iniciativa privada, e pelo Estado à questão da educação em lato sensu mais a sério, com a seriedade, responsablidade e o compromisso que merece.
Vai ver a gente precisava de um chacolhão pra entender que nossas cranças estão abandonadas à própria sorte! Será que não é esse o momento de resgatá-las?
Se pudermos repensar e debater todas essas questões, procurar soluções e cobrar atitudes de nossos governantes, estas crianças serão mártires, mas Wellington será um marco.
No final, a resposta é uma só: AMOR.

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